Comentário por Flávio Correia.
VERSO PARA MEMORIZAR: “Eu Sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso”(Ap 1:8).
A Bíblia revela um Deus que além de ser o autor da história universal, é também Aquele que interfere na história, dando-lhe o rumo que leva ao cumprimento do Seu propósito. Apesar de ser o autor da história, respeita e admite os atos e fatos que são frutos da liberdade de pensamento e ação dos seres pecadores, criados inicialmente à Sua imagem e semelhança. No entanto, mesmo no curso da história, Deus tem posto limites a esses atos e fatos, e, um dia, porá fim a tudo aquilo que não se subordina ao princípio universal divino, o amor. As escrituras sagradas revelam o Deus autor da história (Gênesis 1:1; João 1:3; Apocalipse 14:7). Encontramos também o Deus que interfere mudando o curso da história, impondo limites e finalizando etapas (Gênesis 6:13; Josué 10:12 e 13; Jó 1:12; Daniel 2:21; Apocalipse 22:3).
Os profetas produziram as Escrituras Sagradas, em cujas páginas encontramos previsões de fatos históricos e que posteriormente foram realizados: o estabelecimento do povo judeu em Canaã; o nascimento do Messias; o surgimento e queda de nações; os rumos que o cristianismo tomaria; e outros. A autoria das Escrituras Sagradas, porém, não é creditada aos profetas, mas ao próprio Deus (II Pedro 1:19-21; II Timóteo 3:16 e 17).
Em Daniel, capítulo 2, quando o rei da Babilônia, Nabucodonosor, teve um sonho e, não se lembrando do que sonhou, Deus o revela com riqueza de detalhes, mostra-nos que Deus é conhecedor, até mesmo, do que acontece na mente humana e passa, por estes, desapercebido. Na interpretação deste sonho, percebemos que este não foi um simples sonho, mas uma revelação divina ao rei que dominava o mundo de então e ao povo de Deus cativo em Babilônia, de que Ele acompanha passo a passo o desenrolar da história como conhecedor do passado, presente e futuro.
O curso da história universal, da forma como se desenvolve, nos parece sem lógica e, mesmo na hipótese de haver um criador, deixa transparecer que este o criou e o abandonou, pois, se tal criador estivesse no comando, impediria acontecimentos que, até mesmo para nós, criaturas insignificantes, são verdadeiros absurdos. Os que assim pensam, desconhecem a existência de um conflito cósmico, cujo enredo se dá no palco deste mundo, ambiente em que vivemos, e é expectado pelo universo infinito. É revelado pelas Sagradas Escrituras que tal conflito surgiu com um anjo, Lúcifer, que em sua liberdade de pensamento e ação, lançou dúvidas sobre a integridade e justiça do comando de Deus, rebelou contra Ele e ainda conquistou parte substancial dos anjos (Apocalipse 12:7-17; Gênesis 3:15; Isaías 14:12-15; Ezequiel 28:14-17).
O plano de Deus para dar fim ao conflito cósmico, envolve a Sua interferência na história, mas não impede a liberdade dos seres rebelados, anjos e homens, de pensar e agir, já que a ação dos rebelados será um testemunho a favor da integridade do comando divino sobre universo. A solução proposta por Deus para dar fim ao conflito envolvia o extermínio dos rebelados. Mas, em sua infinita misericórdia, assumiu a culpa daqueles que o aceitassem, e morreu como rebelde, substituindo os rebeldes arrependidos, para que estes fossem livres da condenação. A história da substituição é contada em apenas um versículo bíblico, João 3:16.
Flávio Correia,
IASD - Pituba, Salvador - Bahia.
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