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Lição 04 - Evangelismo e testemunho como estilo de vida



Comentário por: Geonías Santos
Verso para memorizar:Em Jope havia uma discípula chamada Tabita, que em grego é Dorcas, que se dedicava a praticar boas obras e dar esmolas” (Atos 9:36, NVI).

Introdução de sábado à tarde
Creio que Cristão é todo aquele que aceita à Cristo e essa aceitação faz dessa pessoa um imitador do Mestre. Só consigo compreender cristianismo sob a ótica do que é verdadeiro, pois de outro modo, não é cristianismo. Ter uma vida coerente com os ensinos do Mestre deve ser a busca constante. Difícil? Sim, muito, para nós humanos impossível, porém, próximos de Cristo ele nos possibilita a enxergarmos nossa constante necessidade de proximidade, mas não somos nós é apenas Ele. Como Ele viveu nos mesmos moldes, os cristãos precisam desejar viver. O exemplo dado por aquela Cristã de nome Dorcas que é citado pelo verso para memorizar é o que há de mais simples no que diz respeito ao significado do cristianismo. Assim como cristo ela tão somente serviu.

Domingo: Sermões silenciosos
É interessante que Jesus tenha dito que a maneira pela qual se reconheceria os seus discípulos é: “...se vos amardes uns aos outros”, não é incrível que não tenha sido, por exemplo: “Aqueles que fazem cultos, aqueles que guardam o sábado, os que pregam com fervor, ou ainda, aqueles que entregam seu próprio corpo as chamas ”. O amor, o requisito único para essa identificação. Você já parou para se questionar do que se trata o amor? Parece-me que está na ponta da língua as respostas sobre amor, mas acaso teria alguma importância um amor de língua, e que não seja de fato e verdade?
Palavras dizem muito pouco quando o assunto é amor, elas não são o suficiente, ou necessárias, ou até mesmo adequadas para simplesmente discorrerem sobre o amor, por isso precisamos ir ao terreno prático. Ações sempre falam sobre alguma coisa mais que muitas palavras. De repente talvez devêssemos nos preocupar com as ações que descrevem de maneira pratica o vocabulário que grite não a palavra, mas o significado do termo amor. Considero interessante que em seu ministério Cristo não tenha dito as pessoas, eu te amo, ou eu amo vocês, Ele “simplesmente” viveu e serviu.


Segunda: Compaixão pelas pessoas

Jesus enquanto esteve entre nós tinha a mais difícil de todas as missões, também como um ser humano ele deveria trilhar e preparar o caminho para a sua própria morte. Ele dedicou sua vida aqueles que necessitavam de um amigo, de um provedor, de um Deus de amor. Em sua missão Ele precisava deixar um exemplo, um modelo a ser seguido. Em seu ministério Jesus se dedicou a oração e a demonstração de qual a maneira correta de se lidar com o outro, viver em sociedade e de amar. Os discípulos o acompanhavam e observavam o seu comportamento, o exemplo do Mestre os maravilhava. Não sei se é possível pensar em cristianismo sem compaixão pelo próximo, assim como não sei se é possível pensar em compaixão sem ação.  Se cristianismo é um modelo segundo o ministério de Jesus, e o ministério de Jesus foi uma demonstração de compaixão por quem mais precisava desta compaixão, logo compaixão pelas pessoas é dever do cristão.
Vivemos em um modelo de sociedade onde não se tem mais tempo, pois todo o tempo que temos utilizamos para alimentar nossa busca por nossos estimulados objetivos. Compaixão pelas pessoas que fazem parte do nosso ciclo familiar é algo real, porem compaixão por aqueles não conhecemos ou pouco conhecemos é algo para se pensar. O que seria então esta compaixão? Seria um forte sentimento de pena, ou de tristeza pela condição de outrem? Creio que não, pois segundo o exemplo de Cristo compaixão só pode ser vivida através do servir.

Terça: Calçando os sapatos das pessoas

Nossos afazeres nos impedem de dedicarmos tempo para nos envolvermos com os outros, por este motivo é mais fácil doar algo para alguém do que se doar um pouco para esta mesma pessoa. O cristianismo ficou sendo conhecido de maneira equivocada pela caridade, não há nada de errado em prover algo a quem necessita porem a questão é que ao esmolar você entrega ao outro algo que você acha que a pessoa precisa e crer que aquilo irá resolver aquele problema, mas na maioria dos casos o problema em questão é conseqüência de algo mais complexo. Afinal por não querermos nos envolver nas dificuldades dos outros e nos dedicarmos aos outros, fica mais fácil simplesmente dar algo a alguém e nos livrarmos o mais rápido possível desse alguém. Calçar o sapato do outro implica necessariamente em sentir a dor do outro, compreender o sofrimento do outro, e falando francamente quem quer isto? Não é mais fácil nos livrarmos de quem precisa do que dedicar nosso tempo a ele?

Sabe, Jesus nos ensinou diferente, que devemos sim nos doar, precisamos estar dispostos a compreender a situação do outro, e mais, ele nos dotou com capacidades para tal, a alguns ele proveu ainda com maiores possibilidades para que essa prática seja exercida. Todos porem podem de alguma forma calçar o sapato do outro e sentir onde o sapato aperta. E aí você tem feito alguma coisa a esse respeito? Sim? Não? E então?


Quarta: Uma vida acolhedora

Acolher é um dom que devemos diligentemente desejar e rogar ao espírito santo por ele. Digo isto por que penso naquele momento em que a mulher que fora apanhada em adultério foi trazida aos pés de Jesus. O silencio de Jesus foi um silencio acolhedor, sem julgamentos, você já pensou qual seria sua reação se fosse trazido a você alguém que tivesse sido apanhado também em flagrante pecado? A tentação de dizer algo antes ou mesmo depois de “abraçar” seria grande. Um questionamentozinho que fosse, mesmo que de maneira sutil apenas para que ela não achasse que você compactua com a ação dela. Acolher implica necessariamente em ser capaz de se colocar no lugar do outro, se despir de preconceitos e as vezes de você mesmo para poder enxergar o outro a partir do outro. Para acolher é preciso se conhecer o bastante para se anular impedindo que Ele cresça em você e você desapareça. Essa é uma missão impossível para você e para mim, porem é possível para Jesus, pois ele provou muitas vezes e de muitas maneiras que é possível, logo sabemos que é possível agora através dele.

Quinta: Ampliando seu círculo de amigos

É verdade que muitos de nós vivemos em um restrito ciclo de amizades, e em muitos casos a igreja é nosso único reduto. Alguns temem estarem em alguns lugares do mundo e se contaminarem com o mundo. É uma questão importante e devemos levar a sério, pois para que o nosso ciclo de amizade seja ampliado e possamos nos fazer de fracos para influenciarmos os fracos e de fortes para influenciarmos os fortes ou ainda de sábios ou tolos, para nos comunicarmos no mesmo nível em que todas as pessoas se encontram devemos necessariamente ter maturidade para tal, ou poderemos ser facilmente influenciados ao invés de influenciarmos.

Creio que a palavra em questão é equilíbrio, e equilíbrio em seres humanos desequilibrados pelo pecado é naturalmente outra missão impossível, porem será que o mesmo que capacitou e guiou pessoas como Paulo não faria o mesmo em mim e você. Não devemos nos esquecer que qualquer ação boa a partir de nós é impossível, o que porventura sai de “bom” em nosso comportamento é o Espírito Santo de Deus quem faz. Às vezes é mais proveitoso ser amigo antes de ser o pregador, pois primeiro conquistamos a atenção e quem sabe admiração da pessoa e depois apresentamos Cristo, costuma funcionar melhor assim.

Aplicação do estudo – Sexta-feira.

Um estilo de vida que fale de amor é o ideal, mas e quanto ao real? Dedicarmo-nos menos aos nossos próprios objetivos e mais ao nosso próximo parece-me utópico. Vivemos em função dos nossos próprios umbigos e em tempos como os que vivemos parece-me que esta é uma questão de sobrevivência. Não devemos nos esquecer jamais que não é o nosso parecer que deve estar em evidencia. Ser cristão deve fazer alguma diferença nos outros através de mim, ou já não fará diferença alguma em mim. Vencer os monstros que nos impedem de viver uma vida que pregue o evangelho e, sobretudo o evangelho do amor, para nós é impossível, mas sei que é possível pirraçá-los, se nós nunca deixarmos de clamar. Enquanto nós clamarmos estaremos sentindo a necessidade desta ligação com o mestre do universo, então continuaremos a entender o nosso papel e não deixaremos de buscá-lo.
Tenho consciência que não há novidades nestas palavras, nem mesmo precisamos delas, não é teoria que nos falta, o que nos falta com certeza é consciência e como conseqüência a pratica. Que Deus em sua infinita misericórdia continue olhando para nós e nos conduzindo a ele.

Geonías Santos
IASD - Pituba      Salvador - Bahia

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