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Rodrigo Caffé IASD - Pituba |
“Disse Jesus: ‘Sigam-Me, e Eu os farei
pescadores de homens’”
(Mt 4:19)
“Eu apenas posso dar aquilo que eu tenho”. Esta é uma
frase simples, repetida por muitos, e que revela não uma descoberta ou uma
teoria, mas uma constatação: eu apenas posso dar aquilo que eu tenho!
Ao longo deste trimestre diversos aspectos do
evangelismo e do testemunho tem sido tratados de maneira a que reste
sedimentado em nossas mentes e corações as infinitas possibilidades que
possuimos para mostrar ao mundo quem somos, em quem cremos e, mais que tudo, a
grande esperança que vivemos e que pode ser experimentada por tantos quantos
queiram e aceitem o sacrificio feito por Jesus Cristo na cruz.
No entanto, para que os nosso testemunho e evangelismo
tenha sentido e efetivamente cause impacto na vida das pessoas com as quais nos
relacionamos e preciso que a nossa conduta como testemunhas e evangellistas
seja uma conduta de conteúdo e não de forma. Explico melhor: de nada adianta o
estudo e desenvolvimento de “estratégias” e “técnicas” para alcançar pessoas,
ou, de outra sorte, o “aproveitamento de oportunidades” para falar às pessoas
acerca do maravilhoso amor de Deus se, de fato, quando estivermos diante destas
possibilidades as pessoas nos olharem e verem apenas forma, e não conteúdo.
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A preparação para evangelizar inicia-se, portanto, com a
obtenção do conteúdo através do desenvolvimento de um relacionamento íntimo que
só consegue aquele que obedece ao chamado de Jesus para o “seguir”, e aí então
ser tornardo “pescador de homens”.
Os discípulos de Cristo tiveram um privilégio sem igual,
já que puderam aprender e desenvolver os seus métodos para evangelizar e
testemunhar diretamente do exemplo próximo de Jesus. Nós, da mesma forma, embora
literalmente não convivamos com Cristo encarnado, temos a dupla possibilidade
de aprender, seja através da experiência dos discípulos registrada na bíblia,
seja através da convivência decorrente de um relacionamento espiritual com
Jesus.
Alguns educadores costumam dizer que “criança vê,
criança faz”, para demonstrar que a observação do exemplo apresentado pelos
pais ou adultos responsáveis pela educação
diante de determinadas situações é um dos elementos marcantes da forma
como a criança irá se comportar diante das mesmas situações no futuro. Nós,
como crianças no processo de aprendizagem quanto ao evangelismo e o testemunho,
temos a oportunidade de VER o exemplo de Cristo, para, como consequência,
FAZER o que Cristo fazia.
E o VER e o FAZER aqui ganham uma conotação especial, já
que ambas as ações constituem parte do processo de aprendizagem quanto à missão
que no foi outorgada de proclamar a boas novas àqueles que ainda não tiveram a
oportunidade de conhecer o Salvador: o VER, no sentido de um aprendizado
teórico acerca do como proceder; e o FAZER, na perspectiva de um aprendizado
prático, cuja teoria por si só é incapaz de alcançar.
O curioso é que o processo de ensino desenvolvido por
Deus nos coloca por diversas vezes diante de resultados esperados e
inesperados. É que após VER (conhecimento teórico) o exemplo de Cristo e FAZER
(conhecimento prático) conforme aquilo que Ele nos orientou, o FRACASSO e o
SUCESSO são duas alternativas possíveis como resultados do nosso evangelismo e
testemunho. No entanto, independentemente de qual o resultado aparente do nosso
esforço (fracasso ou sucesso), o mesmo ainda assim é aproveitado por Deus no
constante processo de nossa educação enquanto missionários e, como
consequência, na nossa preparação para testemunhar.
Em suma, VER o exemplo de Cristo através do estudo e da
comunhão; FAZER o que Cristo fazia como consequência do nosso relacionamento
com Ele; e obter SUCESSO ou FRACASSO como resultado do esforço desenvolvido no
nosso ministério pessoal são mecanismos utilizados por Deus para nos preparar
para o testemunho antes (ver), durante (fazer) e depois (resultados) da nossa ação, mas, sobretudo, mecanismos para
nos mostrar que não há como “nos tornarmos” pescadores de homens pelo nosso próprio
esforço, já que apenas após a decisão de seguir a Cristo é que “somos tornados”
verdadeiros navios pesqueiros.
Rodrigo Simões Caffé
Hozana Torres,
ResponderExcluirMuito bom e reflexivo...ainda acredito que é o caráter quem diz, para outros , quem realmente é o indivíduo.A importância, de se ter credibilidade verdeira hoje, é fato inquestionável. Não existe espaços para se viver personagens, dentro da igreja de Deus.